8 cuidados essenciais ao trocar o sistema de iluminação para LED!

8 cuidados essenciais ao trocar o sistema de iluminação para LED!

TEXTO: NATHALIA NOVAES E NATÁLIA MORASSI / IMAGENS: PIXABAY, O GLOBO, INMETRO.

 

O LED tem sido difundido como o melhor sistema de iluminação disponível no mercado atualmente. Realmente são muitas as qualidades: alta eficiência, baixo consumo de energia, alta durabilidade, baixo impacto ambiental. Tantos benefícios aliados numa única solução trazem maior custo tecnológico e portanto encarecem o sistema, contudo, o investimento no longo prazo é muito viável. É por isso que muitas pessoas e empresas tem optado pela troca dos seus sistemas de iluminação convencionais por sistemas de LED. Mas para que tal mudança traga benefícios efetivos e o investimento valha a pena, é de extrema importância entender mais sobre o LED e atentar com alguns cuidados na hora da troca.

 

Entendendo um pouco mais sobre o LED

Para compreender melhor sobre o LED e seus benefícios, e ter certeza na decisão da troca de sistema é interessante compará-lo com as demais soluções existentes e aliar esse entendimento ao resultado de iluminação que se espera.

O primeiro fator que deve se levar em conta é a relação entre eficiência luminosa e consumo de energia.  A eficiência luminosa é medida em LÚMENS e expressa a quantidade de luz que é emitida por uma lâmpada. Quanto maior o número de lúmens, maior a capacidade da lâmpada em iluminar um ambiente. Já o consumo de energia é medido em WATTS, conhecido também como potência, mas não tem nada a ver com a quantidade de emissão de luz, ou seja, não necessariamente um número maior de watts corresponda a uma lâmpada com maior capacidade de iluminar um ambiente. Porém, apesar de serem características distintas elas possuem relação, por exemplo na hora de avaliar uma lâmpada, é considerado que quanto maior a emissão de luz (lm) e mais baixo o consumo de energia (w) melhor a lâmpada é, ou seja, mais eficiente com menor consumo. Essa relação é medida em lúmens/watts (lm/W) e corresponde a quantos lúmens uma lâmpada produz por cada watt de energia consumido.

Levar em conta a relação de eficiência e consumo é o passo mais importante na escolha do sistema de iluminação. E é exatamente nesse ponto que o LED se destaca!

Além da relação entre eficiência e consumo de energia, outras características podem ser consideradas, como durabilidade e impacto ambiental.

Apesar do LED apresentar um preço maior, ele traz uma compensação do investimento no decorrer do tempo, através da redução da conta de luz e do baixíssimo custo com manutenção. Por isso, sempre que for possível, o ideal é optar pelas lâmpadas LED e ter atenção com os cuidados necessários para obter o melhor resultado.

 

1) Não compre lâmpadas ou luminárias sem selo INMETRO

As lâmpadas e luminárias certificadas pelo INMETRO passam anualmente por testes em laboratórios para verificar o cumprimento do requisitos técnicos mínimos de desempenho, portanto, o selo do INMETRO garante a segurança e qualidade. Além disso, luminárias certificadas possuem a Etiqueta Nacional de Conservação de Energia (ENCE), que traz as informações do fabricante, os dados da lâmpada e o número do registro. Produtos sem certificação não tem nenhuma garantia de segurança e qualidade e podem representar prejuízo e risco ao sistema de iluminação.

 

2) Não altere o sistema antes de entender a distribuição de luz que você precisa

Um bom projeto de iluminação, seja ao construir ou reformar, é essencial para valorizar e melhorar a qualidade dos espaços. São diversos fatores – tipo de luminária, eficiência de lâmpada, posicionamento correto, facho de luz – que quando aliados trazem melhor resultado. Mas o fator facho de luz é um dos problemas mais comuns ao trocar o sistema de iluminação convencional para LED. Isto porque lâmpadas de formatos semelhantes não necessariamente emitem luz da mesma maneira, por exemplo existem algumas lâmpadas tubulares que emitem luz para todos os lados (360º) e outras, também tubulares que emitem luz apenas em um facho de 120º. Por isso, a orientação é verificar o facho de luz das lâmpadas existentes e fazer a troca por lâmpadas de facho correspondente.

Exemplo de diferença de facho em um mesmo formato de lâmpada (tubular).

 

3) Não esqueça de verificar a voltagem/tensão

Antes de comprar qualquer modelo é crucial verificar a compatibilidade com a rede elétrica existente (110V ou 220V).

 

4) Atenção com as luzes frias

Uma das características das lâmparas é a temperatura de cor, que é medida em Kelvin. Quanto menor o número mais quente a cor da lâmpada e quanto maior mais fria.

Lâmpadas incandescentes são de 2700K, as halógenas são de 2700K a 3200K e as LED 2400K até 6000K. Se for trocada uma lâmpada incandescente de 2700K por uma LED de 5000K, certamente o espaço terá um aspecto muito mais frio em relação a anteriormente. Por isso, verificar a temperatura da cor é crucial no momento da troca.

 

5) Cuidado com luzes que alteram as cores e opacidade dos objetos

A luz possui uma capacidade de renderização de cores, que é medida pelo Índice de Reprodução de Cores (IRC ou CRI). No geral, luzes com um IRC de 80 já começam a garantir uma renderização de cor mais próxima da realidade, mas IRC de 90 é ainda melhor. Ter uma luz que mostra a cor real é essencial, sobretudo em ambientes comerciais. Para não ter problemas pergunte ao fornecedor o valor do IRC, caso não seja fornecido desconfie.

 

6) Preste atenção para não comprar luzes incompatíveis com seu dimmer

Dimmer são aqueles equipamentos que regulam a intensidade ou “volume” da luz no ambiente. As luzes LED nem sempre regulam suavemente nos dimmers de lâmpadas incandescentes ou halógenas,  e em níveis mais baixos de luminosidade tendem a piscar. Para solucionar isto o ideal é testar o dimmer com o LED que será instalado.

 

7) Verifique o fornecedor

Nos últimos anos, com a alta do LED, diversos fornecedores entraram no mercado. Mas antes de escolher o fornecedor é importante algumas considerações: Trata-se de uma marca respeitável? Há quanto tempo atuam no mercado? Seus produtos são testados em laboratórios de confiança? Têm presença física no Brasil? Fazer uma pesquisa de reputação online e com pessoas é fundamental para ter garantia de qualidade.

Boa parte dos LEDs são fabricados na China e importados para o Brasil, chegando aqui produtos de qualidade variada. Existem LEDs chineses de ótima qualidade mas também existem aqueles que não são confiáveis nem testados conforme os parâmetros ideias, por isso a dica é: ter atenção ao comprar, verificar a procedência e informações e escolher fabricantes qualificados.

 

8) Fique de olho na garantia

Nunca compre um LED sem garantia. E quando verificar a garantia tenha conhecimento das entrelinhas. É necessário ter cuidado com esse quesito, verificar a forma de atendimento para casos de garantia, prazos para retorno e outras informações sobre o processo que possam trazer dor de cabeça. Opte por fornecedores de renome que fornecem uma garantia assertiva, descomplicada e ágil de preferência.

 

A troca da iluminação para LED traz muito benefícios e é extremamente recomendada, mas realmente não é uma tarefa fácil. O mais indicado é contar com um projeto ou orientação de um especialista porque a ausência destes pode representar risco ao sistema elétrico existente, ao desempenho da iluminação nova e ao resultado de qualidade luminosa esperado. A orientação é que não se poupe o gasto com a contratação de um profissional porque isso pode significar, na verdade, um investimento que evitaria prejuízos e gastos desnecessários no futuro (desde a escolha dos equipamentos e instalação até o dia dia de uso e consumo do sistema).

 

 

Referências:

  1. Lâmpadas LED: confira as dicas para escolher os modelos mais econômicos. INMETRO Site, 2019.
  2. 10 mistakes people make when upgrading their lighting. Lux Review Site, 2017.